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PÉRICLES LEAL
( Brasil – Paraíba)
Nascimento: 1930
Atividades artístico – culturais: Escritor, radialista e dramaturgo.
Péricles Leal pouco tempo depois do seu nascimento veio com a sua família residir na capital paraibana, seu pai o jornalista e escritor José Leal (In memoriam), passou a exercer atividades junto à burocracia do governo estadual e atuar na imprensa. Péricles teve contato com a literatura desde menino, sua infância foi rica de sonhos e livros, com 12 anos já escrevia artigos.
Ao ganhar um Concurso Nacional de Contos já se dedicava as atividades da comunicação e das artes, ele escrevia nos Jornais a União e a Tribuna e na Revista Manaíra. Péricles começou em rádio, antes de ir para a televisão. Sua intelectualidade foi considerada a marca dos seus trabalhos.
A televisão já existia, quando ganhou de Assis Chateaubriand uma bolsa para estudar nos Estados Unidos, o novo veículo de comunicação. Ele também se instruiu em rádio, e trouxe para o Brasil, o modelo de rádio musical, que intercalava com comerciais, o que ainda hoje é o mais usado nas emissoras FM.
Péricles Leal foi autor da novela "Sangue de Terra" da TV Tupi, no ano de 1952, ele criou um ambiente rural, em cenários montados dentro de estúdios, e passava-se na Serra da Borborema, onde contava a história de Antônio Silvino, jagunço que se tornou o cangaceiro Virgulino Ferreira, o Lampião.
O escritor também criou o primeiro herói juvenil brasileiro, o Falcão Negro, em 1954, quando Leal tinha apenas 24 anos, era um herói simpático, mas mascarado. Combatia os criminosos e malfeitores que faziam mal para o seu reino medieval, em meio a grandes florestas, principalmente aqueles que ousassem atacar a sua doce e meiga Lady Bela, e que se transformou rapidamente um sucesso. Em 1961, ao lado de Túlio de Lemos, Péricles levou seu herói para o mundo dos quadrinhos. Assim como o Capitão 7 (da TV Record) o Falcão Negro saiu da televisão e foi para o universo do HQ. Ainda na TV Tupi, Leal foi autor do "TV de Aventura".
Péricles fez parte do CPTE (Curso de Preparação de Equipes de Televisão do Ceará), dado às novas Emissoras Associadas de Televisão, onde acabou por assumir a direção artística da TV Ceará, e descobriu o talento de Renato Aragão, trabalhando com ele mais tarde. Lançou o livro "Iniciação à televisão" no ano de 1964, dentre outros títulos lançados no decorrer de sua trajetória. Para Péricles televisão era um veículo, uma manifestação artística, com identidade própria.
Outro trabalho seu foi o filme produzido em 1979, "A morte transparente". Na dramaturgia da TV Globo Péricles escreveu: "Memórias de Amor" A história era baseada no romance: "O Ateneu", de Raul Pompéia. No ano de 1991 escreveu "Os Homens querem Paz", para o programa Caso Especial.
O escritor e cronista Silvino Lopes ao ler os escritos de Péricles afirmou "os seus contos são como uma caixa de brinquedos, por mim seu caderno iria parar no papo de uma linotipo". Leal costumava dizer que jornalistas e escritores sentem na pele a comichão pela letra de forma, que o trabalho do repórter é semelhante ao da máquina fotográfica, que tudo registra sem nada esquecer.
Péricles Leal faleceu bastante cedo e entrou para a história da televisão por sua cultura e criatividade, como um dos grandes produtores nacionais.
PINTO, Yvone de Figueiredo Ferreira. Paraibanos ilustres. São Paulo, SP: Bok2 Edições, 2020. 410 p. 14 x 21 cm.
ISBN 978-85-923219-2-5 Gentileza do Rev. Hakusan Kogen
( 1930 – 1999 )
Escritor, cartunista, jornalista, poeta.
Após nascer em Alagoa Grande, sua familia mudou-se à capital paraibana onde o pai Simeão Leal funcionava como jurista e jornalista na secretaria do Governo Estadual.
Ávido pelas Letras, aos 12 anos, redigia destramente. Iniciando-se na Rádio Tabajara lançou uma adaptação inédita pra novel da obra Romeu e Julieta.
No fim dos anos 1940, redigiu artigos em A União. A Tribuna, e revista Manaira. Para Péricles Leal, "O jornalista fotografa com letras, obtendo delas um retrato inesquecível do mundo. Nessa época teceu "Poêma".
Ela partiu numa noite
fria,
mole,
morta
Uma ponte de cigarro apagada,
manchas de carmim no meu lenço
e um retrato cinematográfico
— são as recordações
cegas.
Com o lançamento da TV Brasil em 1950, Péricles Leal foi promovido por Assis Chateaubriand ganhando bolsa para aperfeiçoamento em Comunicação, nos EUA. Quando voltou à pátria em 1951, criou o primeiro herói infanto-juvenil no Brasil: Falcão Negro, sucesso nos seriados da TV Tupi (1954-1964) e lançado no universo HQ.
A convite de Chateaubriand, dirigiu a TV Ceará em Fortaleza, onde ainda professorou o Curso de Preparação de Equipes de Televisão.
Em 1967, passa a atuar na Rede Globo.
Criou a novela Tempo de Viver, exibida às 11 horas pela TV Tupi (RJ) e na TVB Gazeta (SP), entre 1972 e 73.
O Fest Aruanda 2016 na capital paraibana prestou-lhe homenagens póstumas. Seu primo WILLS LEAL, ocupantge da Cadeira no. 32 da APL, então 80 anos de idade, recebeu o Troféu Aruanda da Academia Paraibana de Cinema.
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Página publicada em novembro de 2022
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